Contactado pelo Maisfutebol, o médio frisou que vive o «momento mais triste» da vida desportiva, mas sente-se consciente de algo pior podia acontecer: «Vou tentar ultrapassar isto da melhor forma possível. É muito complicado. Quando seguimos este sonho lutamos muito para o conseguirmos. Acabar assim é muito triste. Fica-se com aquela sensação de «Porquê?». Mas ainda bem que foi detectado, podia ter acontecido algo bem mais grave.»

Lucas viveu com o drama durante dois meses e nunca deixou de pensar que o futebol, dentro dos relvados, podia acabar. «Sabia desde o primeiro momento que as coisas podiam cair para esse lado e nunca pus de parte de isto pudesse acontecer», contou o médio, ainda na Sérvia.

O ex-boavisteiro preferiu guardar segredo, de modo a não preocupar os amigos. «Para além da minha família, só mais duas ou três pessoas sabiam o que estava a passar-se. Não valia a pena alertar as pessoas se não havia nenhuma confirmação. Por isso, há ainda muita gente que não sabe.»

No futebol, Lucas fez várias amizades, mas agora vai ter de ver os amigos da bancada: «Vai ser difícil, mas tenho de habituar-me a ver os colegas a jogar e eu não», admitiu, deixando uma palavra para eles: «Os meus amigos sabem que gosto deles, mas não sei bem o que dizer.»

Por fim, sobre o futuro, Lucas tem apenas uma certeza. Gostava de continuar ligado ao futebol. Mas, por enquanto, há ainda coisas a resolver, como uma possível rescisão com o Estrela Vermelha: «O clube tem sido impecável, tem apoiado sempre e deu-me óptimas condições para relaizar todos os exames. O meu representante chega hoje e espero conseguir tratar esta situação.»

Assim, restam-lhe as alegrias que teve enquanto jogador. «Passei por alguns clubes e em todos fui feliz. Não esqueço o Alcobaça, onde comecei, mas a maior alegria foi a subida de divisão com a Académica de Coimbra», considerou o médio que representou o Boavista em 2004/2005 e esteve cinco épocas na Briosa, de 1999/2000 a 2004/2005.

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