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Bancada Central#2 - Atlético, pura desilusão...
publicado por César Santos a quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009






À hora que vos escrevo a segunda edição da “Bancada Central” passam-se exactamente 13 horas desde o término do jogo da “Champions League” que opôs o Futebol Clube do Porto ao Atlético de Madrid. E apenas uma coisa me vem à cabeça quando penso neste jogo, a mediocridade da equipa do Atlético é deveras impressionante e irracional, visto que possui jogadores de craveira mundial. Aguero, Forlán, Simão, Maxi Rodriguéz são exemplos de como grandes jogadores não preconizam uma grande equipa.

De facto, é traumatizante ver esta equipa do Atlético jogar. A forma, por demais evidente, de como a equipa portuguesa não só controlou como dominou todos os 96 minutos do tempo de jogo elucida bem as dificuldades sentidas pela equipa de Madrid. O empate consentido pelo FCPorto resulta apenas de um erro de Hélton e de sucessivos erros cometidos pela linha avançada “azul e branca”.
Muitos de nós, afectivos da maior instituição nortenha, culpabilizámos o guarda-redes brasileiro pelo empate concedido, mas no entanto ele não é o principal culpado. Se não vejamos, Hélton deu um frango de todo o tamanho, mas de resto teve uma exibição imaculada durante toda a partida. Já o tridente ofensivo esteve por 7 vezes, e repito 7vezes, na cara de Leo Franco e mesmo assim apenas concretizou 2 dessas oportunidades, não fazendo conta com as outras oportunidades, em que apesar de não estarem isolados, estavam numa óptima posição para finalizar. Logo, os maiores culpados são os avançados e não o guarda-redes, que se tivessem concretizado algumas das situações teriam facilmente chegado à meia dúzia.



Concentrando agora os meus pensamentos nos “colchoneros” podemos facilmente concluir que esta equipa está longe de ser um “bicho papão”. O seu “keeper” apesar da boa exibição, ao evitar pelo menos três golos portistas, parece revelar alguma, senão muita, falta de consistência. Quanto à defesa não há muito a dizer, não se aproveita uma única exibição no meio do descalabro. Seitaridis é tudo, menos um bom defesa direito, os defesas centrais revelam dificuldades tanto em velocidade (Hulk fez o que quis destes dois) como em bolas pelo ar e o defesa esquerdo António Lopéz ataca bem, mas para defender não contem com ele.

Mas se eram esperadas dificuldades espanholas no momento defensivo, pensava-se também que eles eram avassaladores e potentíssimos do meio-campo para a frente. Nada disso se passou e assistiu-se mais uma vez a uma equipa deprimente e insustentavelmente perdida. Maxi para além do golo, não tocou mais nenhuma vez na bola durante o resto da partida sendo completamente anulado por Cissokho e Rodriguez, o grande Simão foi dizimado por um “mero” Sapunaru, não conseguindo mostrar o perigo que se esperava que viesse dos seus pés. No miolo Rául Garcia constituiu uma das melhores exibições da equipa, apesar da falta de capacidade de recuperação que mostrou ao longo de toda a partida. Já Paulo Assunção mostrou que está a anos-luz do potencial que mostrou na “invicta”, sendo obrigado a engolir todas as palavras que disse sobre o facto de os “Rojiblancos” serem muito superiores em relação ao seu antigo clube. Aproveito, aqui, esta oportunidade para dizer que todo o encanto que os adeptos tinham por este magnífico jogador se foi, não só quando saiu pela porta dos fundos do clube, como também nas desrespeitosas declarações sobre a instituição portuense e sobre os seus adeptos. Não foi nada bonito, vindo de um jogador que deve tudo aquilo que conquistou a esta casa.

Passando agora ao ataque Atleti verifica-se que também neste sector não existiu clarividência, apesar do inconformismo de Diego Forlán, jogador mais esclarecido na equipa espanhola ao longo de toda a partida. Sergio Aguero foi dominado e esbatido por um fantástico Bruno Alves, que poucas vezes o deixou, sequer, tocar no esférico. Olho para Sergio e vejo a tristeza actual do seu futebol, não só devido ao mau momento da equipa, mas também o facto de não ter qualquer estímulo competitivo neste Atlético pesa de sobremaneira no seu futebol. Sergio Aguero é grande e merece uma grande equipa.
Quanto às alterações introduzidas por Abel Resino não tiveram o condão de balancear a equipa para uma melhor exibição, apesar dos esforços de Pongolle que obrigou Cissokho a conter-se mais nas suas incursões pelo meio-campo adversário. Miguel de las Cuevas praticamente não tocou na bola e Maniche conseguiu de facto trazer alguma estabilidade àquele meio-campo.
Neste momento esta equipa do Atlético parece-me um barco à deriva e se cair nesta eliminatória da Liga dos Campeões poderá considerar esta época um autêntico fracasso, visto que “La Liga” é ainda uma tormenta maior para este clube. Poderiam e deveriam mostrar mais.
Por fim quero enaltecer a equipa do FCPorto, não pelo resultado que poderia ser bem melhor e ter deixado a eliminatória resolvida, mas sim pelo espírito de grupo que mostrou na defesa de Hélton aquando daquele momento infeliz. Tanto os jogadores como Jesualdo Ferreira tiveram um desempenho brilhante na defesa do seu colega e pupilo, respectivamente, mostrando que a força do balneário portista é uma das suas principais armas e um dos seus principais motivos de sucesso.
E por hoje ficamos por aqui, com a promessa de para a semana trazer um assunto algo controverso e com o qual a maioria dos portugueses de certeza não concordará.
Bom resto de semana…
Fiquem bem, fiquem com o foot fever!!!

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Blogger Knuckles Comentou...
Excelente artigo caro colega ;)
A verdade é que partilho da tua opinião, o Atlético é uma dessilução e ao plantel que apresenta deveria realizar um época, no mínimo, como a do Villareal.

A meu ver a equipa necessita urgentemente de um treinador minimamente credível, de mais rigor e disciplina e ainda de uma estrutura táctita bem definida, para além de passar a ter atletas a jogar em vez de ter os seus nomes na manchete dos jornais.
26 de fevereiro de 2009 às 20:04  
Blogger Hugo Carvalho Comentou...
Boas caro charismatic acho que falta ao atletico uma defesa muito melhor e um bom treinador.Bom artigo fica bem.
27 de fevereiro de 2009 às 20:18