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Bancada Central#11 - A queda de um mito
publicado por César Santos a sábado, 9 de maio de 2009

Portalegre, Brasil. A 21 de Março de 1980 nascia uma estrela, um dos mais brilhantes jogadores brasileiros dos últimos tempos vinha ao mundo. Ronaldo de Assis Moreira é o seu nome de registo, o mundo conhece-o como Ronaldinho, R10 ou “o Dentuça”. Ronaldinho é aquele tipo de jogadores que me encanta, não só pela forma como jogava, mas acima de tudo pela forma como vivia o futebol. A bola era a sua maior paixão e dentro de campo não havia outro igual. Cada passe, cada finta, cada drible, cada remate e cada acrobacia deixavam o mundo de olhos abertos. Asseguravam-lhe o Olimpo, auguravam-lhe um grande futuro, mas infelizmente, para ele, e sobretudo para nós, a magia acabou. Ronaldinho não é mais aquele prolífico jogador que encantou o quotidiano futebolístico, independentemente da nacionalidade, raça e clube, ele gerava consensos. Como já referi, não só devido ao seu futebol, mas devido à sua personalidade e maneira de viver o espectáculo.

A final da Liga dos Campeões de 2006 marcou o inicio da queda do astro brasileiro. E até hoje não mais a sua luz se voltou a acender. As más companhias, o dinheiro e a fama fizeram de R10 um jogador banal, sem pinta de classe. Milão não lhe trouxe nova vida, até porque Barcelona era e será sempre a cidade mais adequada para futebolistas da sua espécie. De longe a longe lá vemos uma finta, ou um remate, ou até mesmo um grande golo, mas o sorriso perdeu-se para toda a eternidade.

Aos 29 anos de idade, Ronaldinho poderia ainda estar na disputa pelo melhor de mundo, juntamente com os outros três magos, mas a sua forma de viver nos últimos três anos não condizem com esse estatuto. Noitada após noitada, bebida após bebida, faziam o Dentuça perder mais um pouco da sua magia.


A sua saída de Barcelona foi o culminar de vários episódios muito pouco condizentes com o seu estatuto no clube. O medo dos responsáveis culés evidenciava-se, sobretudo, na grande amizade entre Ronaldinho e Lionel Messi. Ao perder o presente da equipa, não queriam eles perder também o futuro, arrumando a questão com a saída definitiva do brasileiro.
Hoje em dia, essa decisão mostra-se a mais acertada, pois tanto o Barcelona voltou ao grande nível, como Messi se tornou num dos melhores jogadores de futebol do mundo. Mas a verdade é que o mundo do futebol fica cada vez mais triste, a cada dia que passa R10 apaga-se.

Provavelmente a sua carreira não durará muitos mais anos, não vejo Ronaldinho a vaguear aí por clubes de menor dimensão. Apesar de ter atingido o céu, não chegou ao estatuto de imortal. E é pena, porque todos sabemos que tinha qualidade para isso.

Na actualidade para recordarmos os seus malabarismos e o seu sorriso temos utilizar o youtube. Contudo ainda espero, que em pelo menos 90 minutos de algum jogo que ainda tenha por disputar, Ronaldo Assis Moreira volte a ser Ronaldinho.

Um abraço

“This is the real life…”

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Blogger David Pereira Comentou...
Gostava de ver o Ronaldinho no futebol inglês ou até novamente no espanhol se ganhar juizo.

Pela maneira como joga o futebol inglês seria brilhante, faria um exclente trabalho no meio-campo do Liverpool, do United, do Arsenal (improvável) ou até de uma equipa como o City.
9 de maio de 2009 às 12:50  
Blogger Hugo Carvalho Comentou...
Todos os jogadores caem e Ronaldinho foi um deles.


Jericho se ele no milan nao tem lugar quant mais faz no liverpool,arsenal ou united? O city seria o clube certo para ele
9 de maio de 2009 às 19:06